Certa vez ganhei um bichinho novo de estimação. Mas ele não era comum, como da maioria das pessoas. Era diferenciado.
O meu bichinho era grande, enorme, gigante! E pesado! Ele incomodava, atrapalhava e aparecia nas horas mais inoportunas.
O único problema era que ninguém conseguia ver, só eu. Quando pequena chamava de invisível. O tempo passou e chamei de loucura. A preocupação acabou batendo.
E se eu for a única no mundo? Ele é só meu? To sozinha nessa?
Procurei em livros, conversei com estudiosos e busquei respostas. Mas ninguém sabia explicar.
Decidi abrir os braços e aceitar o bichinho, afinal, ainda era meu. E já tinha entendido que ele não ia a lugar nenhum.
Cuidei.
Hoje descobri que não sou a única no mundo com um desses. O mundo todo tá repleto de bichinhos, mas nenhum é igual ao outro.
O meu, eu chamo de Saudade.

Ilustração de EDU
@edu_._._._
Quanta delicadeza! Lindo, lindo!
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Muito importante o auto-respeito. Grande sacada do ilustrador.Parabéns. Abraço.
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