Pequena crise identitária sentada na mesa de um bar

Fui compartilhar o post de um amigo no LinkedIn e notei que apareceu o tal “cargo” que fica expostinho como nosso subtítulo. 

Me achei prepotente por escrever “coordenadora de audiovisual”. Genérico né? Amplo. 

Sinto que não coordeno nem minha própria casa. Sou coordenada pela soberania felina. 

Com a crise identitária, além de submissa de pet, não tinha certeza como me colocar nesse universo que chamam o audiovisual. 

Toda vez que preciso preencher “profissão” num formulário da uma tela azul. 

Sei lá, sabe. 

Já editei, fotografei, filmei, traduzi, legendei, produzi, roterizei, coordenei. A parte do som ainda devo um tico, mas estamos chegando lá. 

Dentre tudo, não me encaixo em nada, mas me identifico com tudo. 

Seria bacana levar pra terapia que descobri meu subtítulo. Pelo menos das exatas tenho certeza que não sou.

Não quero ser conhecida como aquela que fez vários nadas. Quero viver fazendo muitos tudos. 

Da ansiedade a beça pensar nisso. Melhor nem entrar nesse mérito. 

Por enquanto vou só focar em descobrir quem é essa mina do audiovisual que se auto-intitula Cal – o plano nunca foi rimar, ficou até cafona. 

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